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Pandemia trouxe maior visibilidade ao cibercrime

11.09.2020
Pandemia trouxe maior visibilidade ao cibercrime

FÓRUM 

PANDEMIA TROUXE MAIOR VISIBILIDADE AO CIBERCRIME 

A pandemia reforçou uma tendência que já se verificava de grande sensibilização para o tremendo impacto. 

As pequenas empresas e as famílias ainda estão longe da efetiva valorização dos riscos e das perdas potenciais com o cibercrime. O phishing e as falsas instruções em relações comerciais fraudulentas são algumas dessas manifestações. VÍTOR NORINHA, Jornal Económico




PEDRO PINHAL Director de Sinistros da MDS Portugal

Sem dúvida que, após o início da pandemia, assistimos a uma maior preocupação das famílias e empresas relativamente ao risco cibernético. De facto, apesar da consciência para os riscos cibernéticos ser, ano após ano, cada vez maior, a atual pandemia elevou este tipo de riscos a um patamar nunca antes visto. E atingiu de forma transversal toda a sociedade, isto é, cidadãos, famílias e organizações, sejam elas de pequena, média ou grande dimensão. Esta maior preocupação tem fortes motivos para se verificar pois, como revelam os mais recentes dados, o número de incidentes em Portugal e no mundo tem assumido proporções nunca antes vistas. Por exemplo, segundo os dados mais recentes do Gabinete de Cibercrime da Procuradoria Geral da República, nos primeiros cinco meses deste ano tinham sido registadas mais 139% de denúncias de crimes cibernéticos do que em todo o ano de 2019! 

A necessidade de reduzirmos a exposição ao risco de contágio e combater a propagação do vírus alterou, de um momento para o outro, a forma como trabalhamos, como adquirimos bens e serviços, como estudamos e como comunicamos, tanto a nível pessoal como profissional. E mudou as rotinas diárias de todos - famílias, alunos e empresas -, empurrando-as para um mundo virtual e tornando-as fortemente dependentes de sistemas informáticos, de ferramentas de comunicação digital e de trabalho remoto. Perante a ameaça do vírus, o foco das organizações centrou-se na proteção da saúde dos seus trabalhadores e em garantir a continuidade do seu negócio e operações, pelo que, tiveram de assumir alguns riscos no que à segurança cibernético diz respeito. Este contexto resultou, por um lado, no aumento exponencial dos possíveis alvos e, por outro, no incremento das vulnerabilidades de segurança cibernética decorrentes da transição/transformação digital muito acelerada e pragmática, por vezes pouco planeada. Este mundo virtual hiperconectado é, precisamente, o oceano onde navegam os piratas informáticos que, de repente, se depararam com a cenário ideal para conduzir as suas atividades criminosas, estando a aproveitá-lo de forma impiedosa e oportunista. 

A MDS, enquanto líder em Portugal na consultoria de riscos e seguro, disponibiliza soluções inovadoras e integradas de transferência de risco preparadas para responderem, eficazmente, aos mais variados e complexos eventos cibernéticos. Estas soluções combinam coberturas típicas de seguros com um conjunto vasto e completo de serviços. Entre estes estão diversas garantias de danos e prejuízos sofridos pela própria empresa, nomeadamente: custos com investigação forense; custos incorridos para substituir, restaurar ou recuperar dados; perdas de lucros por interrupção; custos de notificação de violação de dados; gestão de eventos de extorsão e roubo de identidade; danos reputacionais. Incluem ainda a cobertura pela subtração de fundos via transferência eletrónica (crime cibernético); a responsabilidades perante terceiros lesados; e, serviços adicionais focados na prevenção, monitorização, atendimento imediato pós- -evento e serviços especializados de informática forense. Em Portugal os custos revelam-se equilibrados tendo em conta a amplitude de coberturas oferecidas e dependem de uma multiplicidade de fatores como, por exemplo, a faturação, o número de empregados/utilizadores, o sector de atividade ou os capitais.



Artigo publicado no Suplemento Mais Seguro do Jornal Económico