voltar

O mundo mudou… e a segurança cibernética, também!

11.09.2020
O mundo mudou… e a segurança cibernética, também!
As estimativas são preocupantes: em 2020 prevê-se que os prejuízos relacionados com o crime cibernético atinjam a nível global mais de 6 triliões de dólares, registando-se um ataque cibernético a cada 39 segundos (in Universidade de Maryland).

Todas as empresas, independentemente da dimensão e setor, podem ser "apanhadas” nesta avalanche. Todas são um alvo potencial. Já lá vai o tempo em que o crime cibernético incidia particularmente nas grandes organizações. A realidade de hoje é bem diferente, e aquilo que se tem assistido é que as empresas de menor dimensão e notoriedade são hoje um dos alvos a atingir. Aliás, há já alguns anos que, na MDS e na Brokerslink, temos a destacar que as PME’s têm sofrido a maior percentagem de perdas decorrentes do crime cibernético.

Naturalmente, estes números e factos são apenas a ponta do iceberg. Quanto mais fundo mergulhamos na riqueza de informações que os relatórios de segurança cibernética oferecem, mais clara, enervante e preocupante se torna a imagem.

Também não é novidade que a pandemia da Covid-19 abriu uma "época e uma porta de ouro” para os piratas informáticos (hackers). Ao mesmo tempo que o mundo se está a unir para tentar combater um inimigo mortal e oculto, outro inimigo igualmente perigoso está a aproveitar-se das nossas práticas de trabalho remoto, muitas vezes mais inseguras e relaxadas.

Qualquer de nós está neste momento sentado ao computador, a receber emails de diversas fontes internas e externas. Mas será que devemos confiar em todos estes emails?

A verdade é que ninguém possui um "sexto sentido” infalível, nem tão pouco tem tempo para poder aferir e definir com o rigor que se exige aquilo que deve ou não abrir e que instruções seguir sem as validar convenientemente. Será que temos mesmo consciência desta realidade de risco onde permanentemente vivemos? Temo que a resposta seja óbvia… Não, claro que não!

Todos já ouvimos que os colaboradores das empresas são, de facto, a fonte de muitos problemas, sejam eles causados por erro genuíno e involuntário ou mesmo por intenção maliciosa.

Terão as empresas alguém devidamente familiarizado com os custos que advêm de uma falha de segurança?

A interrupção do negócio, as perdas financeiras, a perda de informação confidencial, o ataque à integridade de dados, a extorsão, o roubo de identidade, os danos reputacionais são alguns exemplos do impacto que uma quebra de segurança poderá ter numa organização.

O risco cibernético é um assunto que mina de forma significativa a credibilidade das organizações, faz retrair a confiança dos clientes e testa a capacidade das empresas em conseguirem resistir às constantes falhas de segurança (data breach) e aos crescentes ataques às suas operações.

Os gigantescos danos potenciais provocados por esta guerra virtual (e muitas vezes silenciosa) faz com que o risco cibernético seja hoje um assunto debatido nos Conselhos de Administração das empresas. E que cada vez mais as empresas subscrevam um seguro cibernético.

Este seguro responde de forma cabal às necessidades de cobertura de risco cibernético das empresas, garantindo a proteção do negócio, os custos relacionados com os danos e prejuízos sofridos na própria empresa, bem como as responsabilidades perante terceiros.

Felizmente, o mercado segurador oferece hoje um amplo leque de soluções de seguro cibernético adaptadas às diferentes realidades das empresas. A grande amplitude de proteção oferecida, que não é passível de ser segura em outra qualquer apólice de seguro, e o preço ainda reduzido, são benefícios que devem ser aproveitados e valorizados pelos Clientes.

Nos últimos anos verificamos que a própria solução para o risco cibernético evoluiu no mercado segurador, deixando de ser visto e tratado como mais uma apólice de seguro e passando a incluir vários serviços.

Atualmente, qualquer apólice de seguro cibernético deve diferenciar-se pela oferta de serviços adicionais focados na prevenção, monitorização, atendimento imediato pós-evento e por um conjunto enorme de serviços especializados de informática forense. É de facto a materialização de uma tendência que se adivinhava - uma apólice de financiamento de risco e de serviço.

Assim, com soluções já disponíveis e ajustadas às necessidades, está ao alcance das empresas mitigar e transferir este risco cibernético para uma apólice de seguro, numa decisão não pode nem deve ser adiada. Agora é o tempo, agora é altura ideal para o fazer, ajudando a posicionar as empresas para o sucesso futuro.





Pedro Moura Ferreira, Business & Placement Director da Brokerslink*

Artigo publicado no suplemento Segurosdo Jornal Vida Económica 


*participada do Grupo MDS