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Investir em Portugal: a importância estratégica da gestão de risco para a sustentabilidade dos negócios

06.01.2023
Investir em Portugal: a importância estratégica da gestão de risco para a sustentabilidade dos negócios
O Turismo é um dos setores estruturantes da economia em Portugal. Com efeito, em 2021, contribuiu com 16,8 mil milhões de euros para o PIB nacional, de forma direta e indireta, representando já 8% do total daquele indicador.  

Só no ano passado, Portugal recebeu 9,6 milhões de turistas não residentes, um aumento de 48,4% face a 2020 - uma taxa de crescimento que tem seguido uma rota ascendente e sustentável ao longo dos últimos anos, mesmo com os desafios originados pela pandemia.  

Números expressivos que justificam as várias distinções internacionais conquistadas. Pela 5ª vez nos últimos seis anos, foi mais uma vez considerado o Melhor Destino Turístico da Europa, tendo recebido 12 prémios nos World Travel Awards 2022. 

Mas o turismo também se faz do investimento e somadas todas estas razões facilmente se explica o facto de Portugal se encontrar no top 10 dos destinos europeus mais atrativos para o investimento estrangeiro, de acordo com o estudo Attractiveness Survey 2022 da EY. Note-se que só no ano passado, Portugal captou 200 projetos de investimento direto estrangeiro, um aumento de 30% face ao ano anterior.  

Ora, o processo de investimento e a entrada em novos mercados para além das desejadas oportunidades, traz também desafios e riscos de várias ordens, tais como operacionais, de negócio, legais, bem como riscos relacionados com os colaboradores. 

A abordagem a estes riscos por parte dos Investidores e Operadores Turísticos face ao contexto geopolítico e macroeconómico atual assume uma importância crítica e de cariz estratégico. Neste sentido, é altamente recomendável o desenvolvimento de políticas proativas de gestão de risco que incluam a correta e eficaz transferência dos mesmos para o mercado segurador, de forma que os investimentos e a própria sustentabilidade dos negócios estejam devidamente protegidos.  

Para além da sua importância estratégica, o portefólio de seguros tem um expressivo significado financeiro. Esta importância não deverá ser compatível com uma gestão puramente administrativa, reativa, sem especialização e de baixa tecnicidade. Só um consultor especializado e com capacidade para assegurar um acompanhamento a nível global poderá ajudar as empresas a gerir as incertezas e a apoiá-las de forma a que se possam focar no seu negócio devidamente protegidas. É vital que os operadores do setor económico estejam assessorados por consultores de risco e seguros, com conhecimento e experiência na gestão do risco no âmbito da sua atividade e no desenvolvimento de soluções de transferência de risco que respondam não somente aos seus desafios, bem como àqueles que lhe são apresentados pelo atual ciclo do mercado segurador. 

 



Por Filipa Brito, Direção de Gestão de Clientes da MDS Portugal 
Publicado na Revista Aspectos