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Especial Seguros com Saúde
17.06.2022

Quais os desafios para os Seguros de Saúde nos próximos dois anos?
O futuro dos seguros de saúde afigura-se desafiante, nomeadamente em virtude do expectável aumento dos custos, com reflexo nos prémios médios.
São diversos os fatores que contribuem para esta tendência. Antes de mais, o aumento generalizado da inflação nos custos médicos, que se antevê superior à inflação geral, vai repercutir-se inevitavelmente no preço dos seguros.
A contribuir para o aumento dos custos está também a maior utilização do seguro de saúde, resultante da preocupação provocada pela pandemia bem como do agravamento das patologias. Muitos tratamentos foram suspensos ou adiados por causa da referida pandemia, e tenderão agora a ser mais prolongados.
Há ainda o impacto do envelhecimento da população, que se reflete no aumento das despesas com cuidados de saúde.
Numa nota mais positiva, a evolução dos seguros neste ramo deverá passar pela integração de mais coberturas, como são os casos da saúde mental e dos cuidados domiciliários (como, por exemplo, da enfermagem e da fisioterapia).
Qual o papel da tecnologia de assistência remota no apoio aos segurados?
A pandemia contribuiu para acelerar a transformação digital do sector segurador, sendo expectável um incremento das assistências por via digital, ou seja, da medicina online, a qual tem um papel importante para um ainda melhor serviço ao cliente.
Aliás, os serviços associados ao seguro de saúde evoluíram muito e são atualmente de extrema importância para controlar custos e melhorar o bem-estar dos segurados. É o caso do acesso a consultas e até exames por telemedicina ou mesmo de alguns tratamentos específicos de fisioterapia que são já hoje disponibilizados por meios remotos.
Ana Mota, Diretora de Saúde, Vida e Previdência da MDS Portugal
Publicado no Especial Seguros com Saúde do Jornal Económico