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Os seguros de vida, numa realidade como esta, constituem um dos instrumentos mais relevantes para proteger as famílias. O seu potencial está longe de ser plenamente compreendido pela maioria das pessoas, cabendo ao setor segurador ser um ator de promoção da literacia financeira em seguros de vida, assumindo um papel educativo, promovendo o conhecimento e a compreensão deste produto como ferramenta estratégica de proteção, poupança e planeamento financeiro.
A literacia financeira não se esgota em saber poupar ou evitar dívidas. Trata-se de compreender, avaliar e tomar decisões informadas sobre questões económicas e financeiras, incluindo sobre produtos de proteção como os seguros de vida.
Há, ainda, de alguma forma, uma perceção errada e limitada sobre o que são e para que servem estes seguros. Muitos consumidores associam-nos apenas ao crédito à habitação ou a um custo extra sem retorno. Poucos compreendem que o seguro de vida é uma rede que pode assegurar estabilidade à família em caso de um acontecimento infeliz, como a morte ou invalidez de um elemento do agregado. A perda de um ente querido é irreparável, mas quando se soma a esse drama uma crise financeira imediata, o dano duplica.
Nenhuma família deseja passar por algo assim, mas tomemos um exemplo prático: uma pessoa de 41 anos, com um rendimento mensal de 2.000 euros, pode contratar um seguro de vida que garanta 36.000 euros — o equivalente a 18 meses de salário — por menos de 10 euros por mês. Este montante pode permitir à família manter a habitação, assegurar os estudos dos filhos e evitar ruturas financeiras num momento delicado. A acessibilidade e o valor de proteção são muitas vezes subestimados.
A literacia financeira tem um papel decisivo. É importante que aumente o conhecimento entre os consumidores sobre os diferentes tipos de seguros de vida, os seus direitos, deveres e as coberturas específicas de cada contrato. Sem esta informação, as decisões são muitas vezes adiadas ou tomadas de forma apressada ou com base em perceções erradas.
O setor segurador deve se posicionar como agente de conhecimento. É fundamental que se invista em estratégias de comunicação simples, acessíveis e transparentes. Publicações informativas, blogs, vídeos explicativos, simuladores e glossários, entre outras ferramentas úteis para aproximar o consumidor da linguagem dos seguros. Mais do que vender produtos, é urgente criar uma cultura de proteção e de prevenção.
É igualmente importante reforçar o papel do aconselhamento profissional. Um seguro de vida não deve ser contratado de forma automática. Tal como qualquer outro investimento, exige reflexão. Qual o capital ideal? Que coberturas fazem sentido? Que impacto terá o prémio no orçamento familiar? Um especialista pode ajudar a encontrar a solução mais adequada a cada realidade, com um seguro ajustado à idade, condição de saúde, objetivos familiares e capacidade financeira.
Do ponto de vista da justiça social, o seguro de vida pode também ser um fator de equilíbrio. Famílias com rendimentos modestos, mas com uma apólice bem estruturada, conseguem evitar quedas abruptas de rendimento em caso de tragédia. É uma forma de garantir que os filhos continuem os estudos, que a casa se mantenha, que os compromissos são honrados — tudo isto sem recorrer a empréstimos, ajudas de terceiros ou sacrificando a qualidade de vida.
Num país onde a literacia financeira ainda apresenta fragilidades, o envolvimento ativo do setor segurador nesta missão é essencial. Cabe-lhe o compromisso ético de esclarecer, informar e formar. A vida não tem preço, mas pode ser protegida. E, embora nenhum seguro substitua uma pessoa, pode aliviar profundamente o impacto económico da sua ausência.
Estar seguro é estar protegido — mesmo quando não sabemos se ou quando o risco acontecerá. A literacia financeira em seguros de vida é, por isso, uma questão de responsabilidade individual, mas também de responsabilidade coletiva.
O Grupo MDS tem apostado na promoção do conhecimento nesta área, tendo lançado as MDS Publications, um conjunto de publicações (revistas, livros, entre outras) que abordam temas do mundo dos seguros e gestão de risco, áreas essenciais ao desenvolvimento da sociedade, a uma escala global.
Entre elas, inclui-se a coleção Keep It Simple, que tem vindo, desde 2018, a editar e disponibilizar online livros sobre temas relevantes do mundo dos seguros, com conteúdos claros e de fácil leitura.
Este ano lançámos uma obra que aborda as principais questões relacionadas com o seguro de vida com o objetivo de contribuir para reforçar o conhecimento junto dos profissionais do setor e do público em geral.
Convidamos a descobrir este livro no site thefullcover.com. Invista na sua literacia. Lembre-se que o risco está à espreita
Por Sandra Calejo, Coordenadora Vida e Pensões da MDS Portugal
Publicado no Vida Económica
A vida não tem preço, mas pode ser protegida
16.05.2025

A proteção financeira é um dos pilares fundamentais da estabilidade individual e familiar. No contexto em que vivemos, de incerteza económica, alterações demográficas e sociais, a que se juntam desafios globais como pandemias, crises geopolíticas ou alterações climáticas, é ainda mais importante estarmos preparados para os imprevistos.
Os seguros de vida, numa realidade como esta, constituem um dos instrumentos mais relevantes para proteger as famílias. O seu potencial está longe de ser plenamente compreendido pela maioria das pessoas, cabendo ao setor segurador ser um ator de promoção da literacia financeira em seguros de vida, assumindo um papel educativo, promovendo o conhecimento e a compreensão deste produto como ferramenta estratégica de proteção, poupança e planeamento financeiro.
A literacia financeira não se esgota em saber poupar ou evitar dívidas. Trata-se de compreender, avaliar e tomar decisões informadas sobre questões económicas e financeiras, incluindo sobre produtos de proteção como os seguros de vida.
Há, ainda, de alguma forma, uma perceção errada e limitada sobre o que são e para que servem estes seguros. Muitos consumidores associam-nos apenas ao crédito à habitação ou a um custo extra sem retorno. Poucos compreendem que o seguro de vida é uma rede que pode assegurar estabilidade à família em caso de um acontecimento infeliz, como a morte ou invalidez de um elemento do agregado. A perda de um ente querido é irreparável, mas quando se soma a esse drama uma crise financeira imediata, o dano duplica.
Nenhuma família deseja passar por algo assim, mas tomemos um exemplo prático: uma pessoa de 41 anos, com um rendimento mensal de 2.000 euros, pode contratar um seguro de vida que garanta 36.000 euros — o equivalente a 18 meses de salário — por menos de 10 euros por mês. Este montante pode permitir à família manter a habitação, assegurar os estudos dos filhos e evitar ruturas financeiras num momento delicado. A acessibilidade e o valor de proteção são muitas vezes subestimados.
A literacia financeira tem um papel decisivo. É importante que aumente o conhecimento entre os consumidores sobre os diferentes tipos de seguros de vida, os seus direitos, deveres e as coberturas específicas de cada contrato. Sem esta informação, as decisões são muitas vezes adiadas ou tomadas de forma apressada ou com base em perceções erradas.
O setor segurador deve se posicionar como agente de conhecimento. É fundamental que se invista em estratégias de comunicação simples, acessíveis e transparentes. Publicações informativas, blogs, vídeos explicativos, simuladores e glossários, entre outras ferramentas úteis para aproximar o consumidor da linguagem dos seguros. Mais do que vender produtos, é urgente criar uma cultura de proteção e de prevenção.
É igualmente importante reforçar o papel do aconselhamento profissional. Um seguro de vida não deve ser contratado de forma automática. Tal como qualquer outro investimento, exige reflexão. Qual o capital ideal? Que coberturas fazem sentido? Que impacto terá o prémio no orçamento familiar? Um especialista pode ajudar a encontrar a solução mais adequada a cada realidade, com um seguro ajustado à idade, condição de saúde, objetivos familiares e capacidade financeira.
Do ponto de vista da justiça social, o seguro de vida pode também ser um fator de equilíbrio. Famílias com rendimentos modestos, mas com uma apólice bem estruturada, conseguem evitar quedas abruptas de rendimento em caso de tragédia. É uma forma de garantir que os filhos continuem os estudos, que a casa se mantenha, que os compromissos são honrados — tudo isto sem recorrer a empréstimos, ajudas de terceiros ou sacrificando a qualidade de vida.
Num país onde a literacia financeira ainda apresenta fragilidades, o envolvimento ativo do setor segurador nesta missão é essencial. Cabe-lhe o compromisso ético de esclarecer, informar e formar. A vida não tem preço, mas pode ser protegida. E, embora nenhum seguro substitua uma pessoa, pode aliviar profundamente o impacto económico da sua ausência.
Estar seguro é estar protegido — mesmo quando não sabemos se ou quando o risco acontecerá. A literacia financeira em seguros de vida é, por isso, uma questão de responsabilidade individual, mas também de responsabilidade coletiva.
O Grupo MDS tem apostado na promoção do conhecimento nesta área, tendo lançado as MDS Publications, um conjunto de publicações (revistas, livros, entre outras) que abordam temas do mundo dos seguros e gestão de risco, áreas essenciais ao desenvolvimento da sociedade, a uma escala global.
Entre elas, inclui-se a coleção Keep It Simple, que tem vindo, desde 2018, a editar e disponibilizar online livros sobre temas relevantes do mundo dos seguros, com conteúdos claros e de fácil leitura.
Este ano lançámos uma obra que aborda as principais questões relacionadas com o seguro de vida com o objetivo de contribuir para reforçar o conhecimento junto dos profissionais do setor e do público em geral.
Convidamos a descobrir este livro no site thefullcover.com. Invista na sua literacia. Lembre-se que o risco está à espreita
Por Sandra Calejo, Coordenadora Vida e Pensões da MDS Portugal
Publicado no Vida Económica